sábado, 18 de julho de 2009

Capítulo 8 - A Fotografia (Parte 3)

– Julie, solta essa arma. – O velho ordenou com muita autoridade e a garota obedeceu.

– Ouvi um barulho. – Sibilou enraivecida enquanto guardava o revólver novamente dentro das vestes pretas.

Agora pude virar-me para encará-la. Era muito similar ao Sam. Tinha os mesmos olhos verdes penetrantes e os cabelos tão negros quanto a escuridão, só que muito grandes e presos em enorme maria chiquinha. Usava uma calça preta muito colada ao corpo e uma blusa da mesma cor só que mais confortável.

- Que péssima maneira de receber um visitante!

- Sou responsável pela segurança. Ouvi um barulho e vim. Você não avisou nada sobre termos visita. – Ela deu aquele mesmo sorriso de lado maldoso típico do Sam.

- Samuel está aí, achei que iria trombar com ele, não conosco!

- Por que diabos ele veio? – Ela deixou escapar entre os cantos dos lábios finos.

- Você não cumprimentou a Mel.

- Saudações. – Ela olhou para mim e disse com cautela. – Tem certeza de que ela não representa nenhum perigo? – Minha vontade foi perguntar se eu tinha cara de alguma terrorista internacional, mas lembrei-me que não é bom discutir com quem está armado.

- Absoluta. Vá. – A garota obedeceu e saiu da sala com os passos rápidos e silenciosos que só ela sabia dar.

- Quem é ela?

- Minha neta. Perdoe o jeito com que ela chegou aqui, é muito desconfiada.

- Tudo bem, acho.

Julie parecia uma daquelas policiais de filmes do FBI, chegou veloz e sem hesitar colocou a arma em minha cabeça antes que eu percebesse. Também me admirava o fato de ser tão jovem e já ser “responsável pela segurança” daquela mansão.

- Ela parece muito nova para saber como usar uma arma. – Eu disse sem pensar.

- Ela também levou facadas da vida demais para alguém tão jovem. – Ele respondeu pensativo. – Mas sim, só tem 19 anos. Nova demais.

- Entendo. – Eu disse e olhei para baixo. Era incrível como uma pessoa desestruturara toda aquela família. Encheu os olhos do velho de desesperança, partiu o filho em dois e transformou a filha na maior frieza do ser humano.

- Desculpe-me por isso novamente. Voltando ao assunto... Samuel já sabe?

- Não. Não o que aparece durante o dia.

- Ótimo.

- Senhor, não quero me impor e nem causar problemas, mas não acha que seria melhor se ele entendesse o que acontece com ele mesmo?

Ele suspirou profundamente.

- Mel, eu conheço meu neto. Ele é uma pessoa extremamente fraca psicologicamente, motivo pelo qual, foi obrigado a dividir-se. Não iria agüentar a verdade.

- Eu discordo. Ele já desconfia do que está acontecendo. Não há como evitar que ele descubra alguma hora. Talvez ele não saiba disso ainda porque ficou nessa casa durante anos sem poder ver o mundo lá fora, mas uma hora ele vai descobrir. É inevitável que as pessoas façam comentários que o confundam, como por exemplo, dizer que o viu em um lugar onde ele não lembra ter estado. – Recordei-me do incidente com Sofia no carro. – Isso é uma bomba relógio, é questão de tempo até que ele saiba e pode ser pior se ele entender tudo sozinho. Aí sim ele vai pirar.

- Eu sei disso, sei que não posso esconder durante toda a sua vida. Quero o melhor para os meus netos, Mel. O problema é que eu achei que essa fase da personalidade fosse passageira e que se resolveria quando ele encontrasse o responsável por tudo. Contudo, não adiantou.
Isso me lembrou outra dúvida.

- Como você pôde concordar que ele matasse o assassino de seus pais? Como isso adiantaria alguma coisa?

- Eu não concordei. – Ele piscou os grandes olhos para mim. – Ele só era incontrolável. Mesmo prendendo-o aqui neste vale um pouco longe da civilização e fazendo ameaças ao dizer que outro Sam sofreria as conseqüências caso algo desse errado, ele continuava a buscar incessantemente pela verdade.

Ele falou tudo isso com um tom muito amargo na voz. Mexeu nos cabelos brancos e continuou.

- Ao final, foi inevitável desmentir a história do acidente de carro. No fundo, ele sempre soube que era mentira, ele sempre soube que havia um grande motivo por todo o ódio e o desejo de aniquilamento que sentia. E o pior, ele tomara isso como seu destino, um objetivo para sua existência.

Isso era totalmente verdade. Sam não conseguia se desvencilhar da procura pelos culpados porque levava isso como se fosse o motivo de existir. Era como se ele estivesse preso por uma corda que o puxava a cada vez que tentava sair disso, acreditava fielmente que vivia para vingar seus pais.

- E é para isso mesmo que ele existe?

O velho analisou meus olhos castanhos por um momento.

- Para quê vivemos, Mel?

- Eu não sei. – Essa era uma pergunta que me assombrara diversas vezes durante meus momentos de reflexão existencial. Nunca tivera resposta.

- E eu vos digo: ninguém sabe. Como Samuel poderia saber?

Me pareceram palavras muito sábias. Se todos nós soubéssemos o motivo da nossa existência não teríamos tantos conflitos como temos hoje, o que podemos fazer é meras suposições.

- O garoto só está movido pelo ódio. A ira é uma venda traiçoeira, Mel. Cega-te e coloca-te virado para a verdade mais conveniente.

- Você está dizendo que ele é assim porque quer?

- Não, estou dizendo que ele está cego por uma ilusão. Ele somente acha que as coisas ficarão certas depois que concluir sua vingança.

- E como posso convencê-lo do contrário?

- Não sei. Eu tentei fazê-lo entender de que precisava livrar-se da raiva mortal para que volte a ser um só, ele mesmo.

Essa teoria batia com a minha. Pela minha lógica, se os dois Sam são completamente opostos, é de se deduzir que um deles precisará mudar para que se torne uma pessoa só novamente. E o melhor, no caso, seria que o Sam noturno desistisse da raiva e conseguisse a calma e a serenidade que sua outra parte emana.

- Então isso é possível?

- Sim. A possibilidade existe, obscuros são os meios de como chegaremos a ela.

- Eu poderia pensar nisso melhor se eu entendesse o porquê.

- O que quer entender?

- Por que isso aconteceu com ele? Quero dizer, Julie também sofreu, eu e minha irmã também tivemos o mesmo tipo de morte de parentes na infância e não nos dividimos para suportar a perda.

- Você está fazendo comparações.

- Naturalmente.

À mim parecia óbvio que esse caso de bipartir o ego devido a um trauma na infância era bem incomum, visto que eu já havia ouvido muitas histórias parecidas com essa, mas nunca tinha visto alguém com dupla personalidade... Até conhecer o Sam.

- Suponha que você tenha isto. – O velho pegou uma caneta que havia em cima da mesinha de centro. – Caso você a perca... O que você faria?

- Hum... Compraria uma nova?

- Exato.

- Mas o que isso tem a v...?

- Eu posso perdê-la e ficar o dia todo procurando por ela, alguém pode perdê-la e ficar tranqüilo pensando “eu não precisava de uma caneta mesmo”, outra pessoa pode enlouquecer se perdê-la porque, no fim das contas, é uma caneta de estimação... Existem milhares de possibilidades, Mel. O fato é que somos diferentes. Reagimos a situações de maneiras diferentes.

O exemplo me parecia muito coerente e eu não havia pensado nisso ainda. Quero dizer, quando meu pai morreu, Sofie e eu atuamos de maneiras totalmente opostas. E acho que nunca levei em consideração de que não existem somente duas maneiras de reação.

- Samuel sempre fora muito restrito, recluso ao próprio mundo. Desde criança era bem sensível para a música, mas não demonstrava sentimentos e nem fazia amigos com facilidade. Ficava por aqui durante horas tentando tocar aquele piano. – Virei-me para visualizar um piano de cauda que havia perto da porta.

- Ele não mencionou que tocava piano.

- Ele não quer mais tocá-lo. Era o instrumento preferido do pai.

Eu fiquei em silêncio, apesar de ser um pouco irônica e tentar bancar a durona às vezes, eu ainda poderia me emocionar com facilidade.

- Algum tempo antes do fatídico dia, ele vira um violoncelo em uma das lojas de música da cidade. O pai não queria comprar para ele, queria que ele tocasse o piano, mas a mãe fez a vontade do menino. E quando meu filho se foi, passou dias fechado no quarto tocando o violoncelo. Ele teve que tomar aulas para melhorar, é claro, mas mesmo assim tentava aprender o instrumento o dia inteiro. À noite, eu só ouvia o silêncio. – Ele encarou o teto com a expressão de uma lembrança ruim que não conseguiria evitar.

- E quando conheceu sua outra parte?

- Quando lembrei que havia esquecido minha bengala neste escritório. Saí às escuras, quase tropeçando em alguns móveis e então o vi. Era um garoto ainda, mas estava tomado por uma fúria e, também, uma força descomunal. Conseguia levantar alguns móveis de carvalho pesados com muita facilidade.

- Eu notei que sua outra parte parece ser bem mais vigorosa que o normal. Como ele faz isso?

- Veja bem, Samuel era psicologicamente incapaz de aceitar a morte dos pais. Ele não conseguiria, não tinha forças, não teria encargo mental para superar. Então, como que por instinto, criou um outro “eu”, alguém que fosse capaz de conseguir lidar com o fato. No fundo, foi como se ele tivesse prendido alguns sentimentos, como a fúria, e os liberasse em outro ser. Alguém que não fosse ele mesmo, alguém mais forte, alguém que conseguisse fazer o que ele não conseguia.

- Está me dizendo que ele faz o que faz porque acha que pode fazer?

- Não. Estou lhe dizendo que ele faz o que faz porque tem certeza de que consegue fazê-lo.
Eu não pude evitar o riso. Era muito irracional pensar que Sam conseguia pular da sacada dele para a minha somente porque tinha certeza de que era capaz. Contudo, era verdade que ele não sentia medo algum em fazê-lo e ele achava sim que poderia fazer todas as coisas perigosas que existem sem se machucar.

- Você duvida muito do poder da mente, Mel. O cérebro é o que nos guia e comanda, se você está convencida de que não consegue, não conseguirá. Embora, é claro, haja um limite.
Era exatamente com esse limite que eu estava preocupada. Se isso fosse mesmo verdade, não significava, porém, que Sam nunca se machucaria. Ele não tinha idéia da linha que dividia o que ele poderia fazer e o que não poderia.

- Ele não sabe desses limites.

- Não. – Ele concordou e mexeu nos cabelos brancos e ralos. – Isso é o que o torna perigoso. Para si mesmo e para as outras pessoas.

- Mas eu acho que ele está conseguindo, você sabe, se controlar...

Ele sorriu para mim como se eu tivesse contado uma piada. Não acreditara no que eu disse.
- E o que a faz pensar isso, jovem?

Eu corei. Não achava uma maneira de explicar ao avô do Sam que ele agora raramente saía à noite porque ficava comigo no meu apartamento praticamente o tempo todo. Assim como era difícil afirmar que Sam não iria à caçada após despedir-se de mim.

- Nós jogamos palavras-cruzadas à noite.

Ótimo. Que desculpa mais esfarrapada, nem eu acreditei em mim mesma. O velho sorriu para mim.

- Creio que você faz bem a ele, então. – Ele piscou para mim e eu lembrei outra coisa que me intrigava.

- Senhor, por que a noite?

- Eu também me fiz essa mesma pergunta durante anos. – Ele encarou a parede atrás de mim com uma expressão pensativa. – Acredito que o motivo seria o mais óbvio: a noite é o momento mais arriscado. É o momento em que o próprio cérebro entende como perigoso e força a outra personalidade, a mais forte, a destemida, a aparecer.

- Certo. – Olhei para baixo encarando o carpete e o piso de madeira encerado. Eu quase conseguiria ver meu reflexo nele.

- Não se preocupe. – Ele disse depois de alguns minutos de silêncio. – Vai dar tudo certo.

- É. – Eu disse sentindo meus olhos arderem, logo algumas lágrimas poderiam vir. – Vai sim.

O que acontece é que, a cada vez que eu olhava nossa real situação, eu não era capaz de evitar a constante pergunta: “por que eu?” ou “por que nós não poderíamos ser somente nós mesmos, felizes, juntos? Por que tem que ser assim?” e eu não conseguia encontrar essa resposta.
Achei que já havia esclarecido, por hora, as dúvidas que eu tinha então me levantei com cautela. O velho entendeu e ergueu-se também, com a ajuda da bengala.

Ele estava me encarando de uma maneira muito concentrada.

- Bom, acho que o Sam já deve querer ir embora...

- Claro, claro. – Ele balançou a cabeça da mesma maneira que o neto costumava fazer quando queria afastar alguns pensamentos e sorriu. – Mas Mel, - ele chamou meu nome e eu levantei a cabeça encarando seus olhos claros – tome muito cuidado com ele. À noite especialmente.
- Por que está me alertando com tanta ênfase? – Espreitei os olhos desconfiada, ele passara tempo demais me observando atentamente e destacou as palavras “muito cuidado”.

- Porque eu os conheço, criei-os depois que os pais se foram. Julie pode ser mantida sobre controle se você souber como fazer, o Sam, quando alterna a personalidade, não. A segunda parte é sempre destrutiva e perigosa.

- O quê? Você acha que ele vai tentar me machucar ou algo assim? – Eu ri desgostosa: o avô não entendia o que sentíamos um pelo outro.

- Eu poderia dizer que estou errado e não colocá-la em maus pensamentos, mas seria irresponsabilidade da minha parte se eu não a alertasse do perigo.

- Por que está querendo me assustar? – Eu perguntei surpresa. Eu não sabia se a verdade era que o velho não apoiava a nossa relação ou se o perigo era mesmo iminente.

- Siga-me. – Ele disse bastante sério enquanto se moveu com a bengala para o outro lado da sala onde havia uma estante com objetos de família.

Havia várias medalhas, troféus, diplomas, acessórios que pareciam comuns, mas que deveriam guardar algum valor sentimental ou histórico e fotografias. Dezenas delas em porta-retratos ou quadro pregados na parede. Fotos de times de futebol, de campeonatos de golfe, de formaturas, de familiares todas dispostas com cuidado excessivo.

Cristian Trent levantou a mão enrugada e tocou em um dos porta-retratos em cima da madeira lustrada, segurou-o com cuidado e entregou-me. Observei uma foto antiga na qual havia um grupo de15 pessoas adultas, alguns em pé atrás e outros sentados na frente. Mulheres e homens vestidos formalmente com um sorriso triunfante no rosto.

Não entendi exatamente porque o avô do Sam estava me mostrando essa fotografia como se fosse a chave de todo o problema, o motivo do meu perigo.

- Alguma destas pessoas lhe é familiar, Mel?

Eu estranhei a pergunta, mas foquei os olhos em alguém que realmente eu conhecia. Muitos anos mais jovem, sem fios brancos no cabelo e uma felicidade incomum, definitivamente eu o conhecia.

- Este aqui – apontou o dedo enrugado para um rapaz bonito em pé, no centro do grupo, estava ao lado do homem o qual eu conhecia – é meu filho.

- Este – desta vez fui eu quem apontei – é meu pai.

Fim do capítulo.

22 comentários:

Debora Ferreira disse...

caaraambaa :O

o final de cada capítulo só vai melhorando...

quero mais, mais, MAAIS!

Drika disse...

Mel, você é maravilhosaaaa. A cada capítulo que você posta fica mais emocionante!

Por Favorrrrr não demora muito tempo para postar, eu fico louca, todos os dias eu entro pra vêr se já postou mais capítulos!

Beijossss!!!

Anônimo disse...

Muitooo bom

patty disse...

linduu! amo amo sempre

Anônimo disse...

Voce ta de parabens
tá muito bom mesmo


A cada capítulo que você posta fica mais emocionante![2]

Por Favorrrrr não demora muito tempo para postar, eu fico louca, todos os dias eu entro pra vêr se já postou mais capítulos [2]

Andressa disse...

E então, quando tem mais post? Ah sim, e você esqueceu de atualizar ali ao lado a previsão. E Por Favorrrrr não demora muito tempo para postar, eu fico louca, todos os dias eu entro pra vêr se já postou mais capítulos [3]
Amo sua história, de verdade. Ja me sinto parte da Mel, parte do Sam. Obrigada por tornar meus dias mais felizes com seus posts.

Fabiane Rezende disse...

noossa .. bom to aqui comentando a primera vez .. mas simplesmente eu amei esses postem teu Õ/
nossa sabe que é passa dois dias em frente o pc e não quere para de le enquanto não acab.. bom essa fui eu
simplesmente eu to amando
e se você publica eu vou compra pra mim guarda de recordação com certeza !!!
Continua pelo amor de Deus, esta muito linda, esta perfeitaa

disse...

aaaaaaaaah meu Deeeus!
o que o pai dela ta fazeendo ali?
;OO
os capítulos estão ficando cada vez melhores!
AMEEEEI !

Dandara disse...

post novo *-*, até que enfim \o/, haha, não aguentava mais :x, eu venho aqui todo dia pra ver se você postou alguma coisa, hahaha.
nossa, nossa, nossa, amei :O
posta mais logo :~

Anônimo disse...

Lis :D disse...

AAAAAAAAAH , morta de curiosidade G.G
poor favoor num demora a postar , to mto viciiada nisso akiie ! se for publicado eu compro FATO .

Anônimo disse...

By: ALessandra

AAAAAAAAAAa para tudo!!!!

O que o pai está fazendo ali??²² oO

Cada capitulo melhor que o outro!!!
Por favor, por favor posto logooo!!!

Amoo sua história!!

Viciei!!

=]

Tainá disse...

Nãaaao para de postaar pelo amor de Deeeus !
E não demoora tb nãaao...
é muiito bom o livro viu, vc tá de parabéens se vc lançar ele concerteza vai virar modinha =D
Parabéns!

Jess Lopes disse...

Adorei o capítulo de hoje :D Nem acredito que o pai dela tava na foto, to morta de curiosidade o_o

Anamaria Cruz disse...

CARACA, ela é irmã/meia-irma/prima do sam? :O
Tua história é tao otima e viciante que tenho meio que uma musica pra ela, nao sei, mais gosto de ouvir ela lendo aqui.

juro que quando li a previsão hoje dei um grito, eu to super feliz e ansiosa ok *-*

Anônimo disse...

QUEREMOS ++++++++++++++++++++!!!!!!

adorei... não tenho mais unhas de tanto roer de ansiosa!!!!!!!!

;)
Luciane Freitas

rafaella disse...

tomara q o proximo seja hoje *-*

Sonia Maria Souza disse...

Leitora nova e amandoooooo não veijo a hora de ler os proximos

Unknown disse...

Aii meu Deus *-----*

Carlinhaash disse...

comecei ontem e já não consigo mais parar!!!! VICIANTEEEEEE!!

Aninha Costa disse...

ahhhh eu kero ir dorrmiir
mas a cada final d capitulo eu tenhu q ler o proximo
q coiiisa
vc escreve mto bem
parabens ^^

Lorena disse...

caramba :O e agora?

Postar um comentário